Lembremos que a doença que era chamada de Paralisia Geral,
nessa época, correspondia à sífilis cerebral. Na época de Osório César já se
conhecia o treponema pallidum que era o agente causal dessa moléstia. Mas
ainda não tinha se desenvolvido o tratamento que surgiria a partir da
penicilina tempos depois.
Continua Osório César...
Vejamos, como exemplo, os versos de
um paralítico geral, homem de letras, antigo pensionista de Ville-Évrard:
“Quel crime ai-je commis pour être solitaire?
Je ne vois sous mes yeux que des fous torturés
Et des brutes
frappant leurs corps défigurés.
Je n’ai d’autres recours que prier et me taire:
Oh! Seigneur, si je vous ai toujours bien servi,
Brisez l’asile infame où mon âme agonise.
Si ma captivité plus longtemps s’éternise,
Que dois-je faire, ô maitre, em qui ma foi survit?
J’ai, calme et réfléchi, suporte les injures
De tous les médecins liant ma volonté,
Et je sens s’élever
dans mon Coeur irrité,
Une haine de
fou pour ces docteurs parjures.
Laches! Vous ferez bien de ne pas provoquer
D’un seul affront de plus ma fierté qui s’indigne;
Car d’un seul
de mes poings, avec ma force insigne
Je ferais d’un seul coup votre tête craquer.”[1]
[Tradução a seguir]
[Qual crime eu cometi para ser solitário?
Só vi sob meus olhos loucos torturados
E brutos sacudindo seus corpos desfigurados
Eu não tive outros recursos que orar e me abafar:
Oh, Senhor! Se eu sempre lhe bem servi
Acalma o asilo infame onde minha alma agoniza
Se minha escravidão por muito tempo se eterniza
Que devo fazer, oh mestre, para que minha fé sobreviva?
Eu tenho, calma e refletidamente, suportado as injúrias
De todos os médicos ligando minha vontade
E eu sinto se elevar no meu coração irritado
Uma raiva de louco por esses doutores todo dia.
Covardes! Vocês fariam bem de não provocar
Com mais uma afronta meu orgulho que se indigna;
Porque de um só de meus punhos, com minha força insigne
Eu faria de um só golpe vossa cabeça rachar.]
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